O Eterno Príncipe das Trevas

 O Eterno Príncipe das Trevas
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COLUNISTA: Claudio Furtado

 

Minha experiência de vida com o Ozzy começou na minha adolescência e de lá para cá nunca mais foi interrompida. Foram várias e várias reportagens que li sobre ele na Revista Metal dos anos 80. Foram incontáveis vídeos que assisti com ele na MTV Brasil, sem falar nos show antigos que assisti do Black Sabbath em VHS e em DVD. Impossível saber quantas fitas cassetes gravei com ele cantando na carreira solo e no Black Sabbath. E a propósito, só curto Black Sabbath com o Ozzy no vocal.

Lembro quando comprei os LPs “Sabbath Bloody Sabbath” e “Sabotage”, que haviam sido relançados. Lembro que ouvia esses discos na minha vitrola, a noite, até cair no sono. Uma vez rolei em cima da capa de um destes discos após dormir, amassou um pouco. Ou seja, mais do que discos de cabeceira, eles eram companheiros de sonho.

O meu primeiro contato visual no mesmo espaço físico com o Ozzy foi no 1º Rock in Rio, dia 19 de Janeiro de 1985, eu tinha acabado de completar 15 anos, este foi o meu primeiro festival de Rock. A entrada do Ozzy no palco foi um imenso susto para todos. Quando ninguém esperava estouraram bombas no palco e ele entrou exibindo uma capa com o interior espelhado e com aquele sorriso vampiresco que era característica dele. Era a época do “Bark at the Moon”. Apesar deste dia terem excelentes bandas no palco, boa parte estava lá principalmente para ver O Príncipe das Trevas. Antes dele entrar no palco era comum ouvir o público gritando:
Sabbath!
Sabbath!
Sabbath!

Foi mais do que um show de Heavy Metal, foi um Ritual, onde se notava claramente o poder hipnótico que Ozzy tinha para com o público. Tive a oportunidade de ver duas vezes o Black Sabbath no Rio, ambas na Praça da Apoteose. A 1ª foi no dia 13 de outubro de 2013, como parte da turnê “Black Sabbath Reunion Tour“. A 2ª vez foi dia 2 de dezembro de 2016, como parte da turnê “The End“. As três vezes que pude assistir o Ozzy ao vivo, parecia que não era algo real, era como se fosse algo inacreditável, impossível de estar acontecendo. E eu vi em vários rostos dos fãs do público que eles tinham a mesma sensação que eu.

Foi bom que pudemos ter o prazer de ver o show de despedida dele dos palcos. Tenho a gravação. Vou comprar umas bebidas para assistir na íntegra as mais de 10 horas de shows. Foi uma grande celebração. Sinto agora aquele mesmo sentido de irrealidade que sentia nos shows do Ozzy. Parece mentira essa passagem dele para a eternidade, mas nada mais justo para o Ozzy, O Eterno Príncipe das Trevas, pois em vida ele já estava na eternidade e agora em morte, nela ele permanecerá.

Salve Ozzy Osbourne!!!
Salve o Príncipe das Trevas!!!

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